quarta-feira, setembro 06, 2006

A guerra esquecida da Colômbia - Mais um assassinato


6 DE SETEMBRO DE 2006 - 10h04

Líder político comunista é assassinado na Colômbia

"Edgar Emiro Fajardo Marulanda, de 48 anos, professor universitário, dirigente do Partido Comunista Colombiano e ativista do Pólo Democrático Alternativo, foi assassinado no último dia 1º de setembro, em Bogotá, em circunstâncias consideradas estranhas por seus familiares e outras lideranças partidárias.

O comunista foi alvejado por diversos tiros momentos na entrada do conjunto residencial onde vivia e veio a falecer depois de algumas horas, já no hospital. Para seus familiares, a eficiência no modo como o crime foi feito reforça as suspeitas de crime político, com a participação do Estado colombiano na ação.

Edgar era irmão de Nelson Fajardo, membro do Comitê Central do Partido Comunista Colombiano e também professor em diversas universidades do país.
Em sua página na internet, o Partido Comunista Colombiano lembra que a morte de Fajardo não é um caso isolado e conclama a população a não denunciar todo e qualquer tipo de violação de direito. Por ironia, o assassinato de Fajardo coincide com o início da ''Semana Pela Paz na Colômbia'', movimento organizado desde 1988 pela Rede de Iniciativas Cidadãs Contra a Guerra e Pela Paz.

Além da morte do líder comunista, seus assassinos acabaram vitimando também um outro jovem (morador do mesmo condomínio de Fajardo), que teria, por infortúnio, testemunhado o crime."


Fonte: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=7176

´Não deixa de ser curioso que os mesmos que ficaram tão incomodados com a presença duma bandeira das FARC permaneçam silenciosos perante os crimes que os grupos paramilitares e as milícias privadas, ao serviço da oligarquia colombiana, com o apoio e cumplicidade do governo, perpetram diariamente contra o povo colombiano.

Existe há décadas uma situação de grande violência contra o povo promovida pelas oligarquias, apoiadas em grupos paramilitares (verdadeiros exércitos privados de tipo feudal) e que promovem a "guerra suja" com a cumplicidade do Estado e do Exército.Milhares de dirigentes políticos, sindicalistas e camponeses foram assassinados nas últimas duas décadas. Embora noutra escala, a guerra suja prossegue nos dias de hoje. Desde a subida ao poder de Uribe, em 2002, perto de 140 comunistas foram mortos. Só em 2005, 70 sindicalistas colombianos pereceram, vítimas da política de terra queimada das classes dominantes. No país que a oligarquia designa de «democracia mais antiga» do sub-continente, a situação humanitária é calamitosa. Existem mais de três milhões de deslocados, milhares de prisioneiros políticos. A tortura é uma prática comum desta «democracia» onde a esmagadora maioria dos crimes contra a humanidade e de genocídio da responsabilidade dos paramilitares e do Estado, permanecem na completa impunidade, e onde a polarização social é acentuada.

1 comentário:

Raimundo_Lulio disse...

Caro jose manuel,
Obrigado pela tua informação. Confesso que desconhço o que se passa na colombia.