Em diversos locais do globo pessoas são raptadas sob o pretexto de serem "suspeitas de terrorismo", levadas em segredo para prisões secretas onde são torturadas e, são colocadas posteriormente na prisão de Guantánamo, incomunicáveis drante anos. Alguns foram posteriormente libertados, após terem sofrido todos estes tratamentos, aparentememente porque "foi engano dos serviços secretos". Foi o caso, por exemplo, do cidadão turco Murat Kurnaz (ler aqui).
Os países europeus que têm convenções contra a prática da tortura sabiam mas fecharam os olhos e, em alguns casos, até colaboraram com acções à margem da lei. O governo português plos vistos também sabia que os aeroportos nacionais estavam a ser utilizados para uma actividade que é interdita pela Constituição da República Portuguesa, assim como por diversas convenções internacionais que a República Portuguesa assinou e faz de conta que nada aconteceu.
O primeiro-ministro recusa-se a dar explicações à Comissão de Inquérito do Parlamento Europeu. Lê- se que: "O Governo recusa intromissões do Parlamento Europeu na definição da sua política, nomeadamente no capítulo da defesa e dos negócios estrangeiros. Com base neste princípio, prepara-se para recusar informações aos eurodeputados que investigam "o envolvimento e a cumplicidade" de Estados membros da União Europeia numa série de alegadas actividades ilegais da CIA no Velho Continente a pretexto do combate aos terroristas islâmicos.".
Sócrates recusa-se a dar explicações sobre este assunto ao alegando questões de soberania. Claro que por esta ordem de critérios Portugal não deveria sujeitar-e às directivas europeias em áreas como a agricultura, pescas, política orçamental e outras. A desculpa é no minímo incoerente. Mas mais grave é que mesmo quando questionado, há algum tempo atrás, na Assembleia da República por deputados portugueses José Sócrates continue sem esclarecer devidamente esta situação.
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