"Nego-me a servir no exército pois desta maneira protesto contra a prolongada ocupação militar do povo palestino. Esta desumana ocupação persiste, semeando o ódio e o terror entre os dois povos.
Nego-me a servir uma ideologia que não reconhece o direito dos povos à auto-determinação e à coexistência pacífica. Não estou disposto a contribuir para a opressão sistemática da população civil, para a implantação de um regime de apartheid nos territórios palestinos. Sinto profunda vergonha pela acção militar israelense nesses territórios e repugna-me a fome que se faz passar a muitos e as humilhações nos postos de controle.
Nego-me a servir de cobaia das indústrias do armamento, das grandes corporações, dos empreiteiros exploradores de todo tipo, que semeiam o racismo e que se servem de líderes cínicos para aumentar seus lucros à custa do sofrimento dos povos e da negacção dos direitos humanos mais básicos.
Nego-me a matar! Nego-me a ocupar!"
A carta é de Omri Evron, de Tel Aviv, que está sob prisão preventiva numa base militar. Evron, militante da Juventude Comunista, está sujeito a uma longa sentença. Decorrem manifestações de solidariedade para com o jovem em frente ao quartel onde está detido.
quinta-feira, novembro 02, 2006
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