Não deixa de ser intrigante que em plena ofensiva israelita no Líbano, atingindo a totalidade do seu território (e não apenas as instalações do Hezbollah, como diz a propaganda oficial) a cobertura jornalística dos acontecimentos no terreno esteja reduzida ao mínimo.
Os relatos in loco do que se passa em Beirute ou notras regiões do Líbano são poucos e reduzem-se quase só à situação dos cidadãos estrangeiros. Os correspondentes das grandes estações televisivas (CNN, SKYNEWS, ...) estão todos em ... Haifa. Em geral a perspectiva é sempre dada pelo lado do estado de Israel, praticamente sem contraditório. Um único jornalista português (José Manuel Rosendo RDP/RTP) encontra-se em Beirute e é, actualmente a única fonte credível de informação que nos chega do Líbano.
O estado de Israel aprendeu bem a lição do "embedded journalism" da guerra do Iraque. Não fosse a presença dum número significativo de cidadãos estrangeiros encurralados nesta guerra e mais uma cortina de silêncio teria descido sobre esta punição colectiva infligida sobre civis por um dos exércitos mais poderosos e sofisticados do mundo.
1 comentário:
Uma visão interessante...
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