O Jornal de Notícias conta, na sua edição de 5 de Outubro, o drama humano de Maria Eugénia que se viu forçada, devido à falta de recursos para assegurar uma habitação decente, a procurar abrigo numa capela abandonada. Talvez fosse apenas mais um dos dramas individuais que atingem milhares de portuenses que sobrevivem em habitações insalubres e em ruína.
Compreende-se que seja dificil para a Câmara Municipal do Porto resolver todos estes problemas. Exige-se no entanto que estes casos sejam tratados com humanidade e com respeito pelas pessoas que um dia tiveram um infortunio e procuram alguma ajuda.
Conta o JN que Maria Eugénia "detanta insistência, já é conhecida na Empresa Municipal de Habitação como "a senhora da capelinha". Na passada segunda-feira, foi à Assembleia Municipal "pedir ajuda". Da boca da vereadora com o pelouro ouviu o que não queria. "Não lhe posso resolver já o problema. Mas aproveite que vive numa capela e continue a rezar...", respondeu-lhe Matilde Alves."
Este pequeno comentário da Vereadora da Habitação Matilde Alves é reveladora dum profundo cinismo hipócrita e que só deixa mal quem proferiu esta frase. A atitude de prepotência de quem detém o poder e o utiliza para humilhar os mais pobres e mais fracos demonstra a sua falta de carácter.
Matilde Alves tornou-se assim uma verdadeira continuadora da tristemente célebre Maria Antonieta que perante os protestos do povo de Paris pela falta de pão terá dito "Se não têm pão que comam brioches".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Meu Deus!, essa "Metildes" consegue ser ainda pior que a Dona Zita Seabra! É preciso andar muito a pé para encontar cabras (com perdão desses belos animais...) deste jaez à superfície do planeta!
Já não digo, inteligência - coisa que por definição não há -mas não haverá ao menos um grão de piedade nestas consciências lobotomizadas?
Enviar um comentário