sexta-feira, outubro 13, 2006
Portugal manifesta-se contra as políticas de José Sócrates
Entre 80.000 e 100.000 portugueses manifestaram-se contra a política anti-social do Governo de José Sócrates, mas que na prática funciona como uma espécie de Comissão Liquidatária da República Portuguesa. Foram muitos mas por cada um que desfilou em Lisboa muitos outros, que por diversos motivos não puderam deslocar-se a Lisboa, estavam solidários com a expressão de repúdio contra as medidas que o Governo tem lançado contra quem trabalha e vive apenas do seu modesto salário.
É no entanto sintomático que, apesar da grandeza desta acção, que não foi possível silenciar, as televisões e jornais (especialmente o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias) se tenham esforçado ao máximo, com editoriais e comentários, em desvalorizar a importância e amplitude da manifestação e em repetir reiteradamente todo o argumentário oficiosos que o Governo, através dos seus assessores de imprensa (pagos a peso de ouro) distribui pelas redacções. A tática é simples: quando o Governo diz "mata", os editorialistas dizem "esfola".
Como diz o adágio "o pior cego é aquele que não quer ver..."
Um verdadeiro "vómito" foi contudo a montagem feita pela RTP na abertura do Telejoral com um Sócrates a passar um raspenete aos portugueses que tiveram a ousadia de se manifestar e denunciar a sua política anti-social e anti-popular.
domingo, outubro 08, 2006
Frases que revelam o carácter de quem as profere (ou a sua falta)
O Jornal de Notícias conta, na sua edição de 5 de Outubro, o drama humano de Maria Eugénia que se viu forçada, devido à falta de recursos para assegurar uma habitação decente, a procurar abrigo numa capela abandonada. Talvez fosse apenas mais um dos dramas individuais que atingem milhares de portuenses que sobrevivem em habitações insalubres e em ruína.
Compreende-se que seja dificil para a Câmara Municipal do Porto resolver todos estes problemas. Exige-se no entanto que estes casos sejam tratados com humanidade e com respeito pelas pessoas que um dia tiveram um infortunio e procuram alguma ajuda.
Conta o JN que Maria Eugénia "detanta insistência, já é conhecida na Empresa Municipal de Habitação como "a senhora da capelinha". Na passada segunda-feira, foi à Assembleia Municipal "pedir ajuda". Da boca da vereadora com o pelouro ouviu o que não queria. "Não lhe posso resolver já o problema. Mas aproveite que vive numa capela e continue a rezar...", respondeu-lhe Matilde Alves."
Este pequeno comentário da Vereadora da Habitação Matilde Alves é reveladora dum profundo cinismo hipócrita e que só deixa mal quem proferiu esta frase. A atitude de prepotência de quem detém o poder e o utiliza para humilhar os mais pobres e mais fracos demonstra a sua falta de carácter.
Matilde Alves tornou-se assim uma verdadeira continuadora da tristemente célebre Maria Antonieta que perante os protestos do povo de Paris pela falta de pão terá dito "Se não têm pão que comam brioches".
Compreende-se que seja dificil para a Câmara Municipal do Porto resolver todos estes problemas. Exige-se no entanto que estes casos sejam tratados com humanidade e com respeito pelas pessoas que um dia tiveram um infortunio e procuram alguma ajuda.
Conta o JN que Maria Eugénia "detanta insistência, já é conhecida na Empresa Municipal de Habitação como "a senhora da capelinha". Na passada segunda-feira, foi à Assembleia Municipal "pedir ajuda". Da boca da vereadora com o pelouro ouviu o que não queria. "Não lhe posso resolver já o problema. Mas aproveite que vive numa capela e continue a rezar...", respondeu-lhe Matilde Alves."
Este pequeno comentário da Vereadora da Habitação Matilde Alves é reveladora dum profundo cinismo hipócrita e que só deixa mal quem proferiu esta frase. A atitude de prepotência de quem detém o poder e o utiliza para humilhar os mais pobres e mais fracos demonstra a sua falta de carácter.
Matilde Alves tornou-se assim uma verdadeira continuadora da tristemente célebre Maria Antonieta que perante os protestos do povo de Paris pela falta de pão terá dito "Se não têm pão que comam brioches".
quinta-feira, outubro 05, 2006
O que esconde Luís Amado?
Tem sido notório que o inquérito desencadeado pelo Parlamento Europeu sobre os vooos secretos e outras operações "encobertas", nomeadamente raptos e sequestros realizados pela CIA tem causado uma grande incomodidade junto do governo português.
Sempre que se fala neste assunto o ministro Luís Amado opta pelo silêncio ou por uma qualquer manobra escapatória que lhe permita fugir à questão. Normalmente estas reacções são indicadores de que qualquer coisa se esconde.
É caso para perguntar, o que é que escondem o governo português e o ministro Luís Amado?
Sempre que se fala neste assunto o ministro Luís Amado opta pelo silêncio ou por uma qualquer manobra escapatória que lhe permita fugir à questão. Normalmente estas reacções são indicadores de que qualquer coisa se esconde.
É caso para perguntar, o que é que escondem o governo português e o ministro Luís Amado?
segunda-feira, outubro 02, 2006
As mentiras de Teixeira dos Santos
O ministro Teixeira dos Santos veio anunciar recentemente a subida dos descontos da ADSE dos actuais 1% para 1,5%, justificando esta alteração como "uma medida da mais elementar justiça social" (sic).
Mas o que Teixeira dos Santos não diz é que os funcionários da administração pública já descontam, para além dos referidos 1%, mais 10% para a Caixa Geral de Aposentações, perfazendo assim um total de 11%. Ou seja, a mesma percentagem que os restantes trabalhadores por conta de outrém.
Outro facto que Teixeira dos Santos omite é que existe a obrigação da respectiva entidade patronal descontar também uma determinada percentagem por cada trabalhador ao seu serviço. Ou seja as contribuições que constituem as receitas que dão acesso a determinadas prestações sociais (Saúde, Desemprego e Pensões)nsão constituídas por contribuições pagas pelo trabalhador e pela respectiva entidade patronal.
O que significa que com este princípio de igualdade entre o público e o privado, de que o governo tanto fala, o Estado ficaria também obrigado à transferência anual de uma verba para a ADSE, como entidade patronal sobre cada trabalhador ao seu serviço. E é isto que não tem acontecido.
Portanto a argumentação de Teixeira dos Santos é falaciosa e de facto o que se pretende é transferir os encargos que deveriam ser suportados pela respectiva entidade patronal para os próprios trabalhadores.
A "preocupação" manifestada por Teixeira dos Santos é também uma declaração da mais refinada hipocrisia política. Com efeito, onde existe realmente uma profunda injustiça social neste assunto é nos montantes a que são obrigados os trabalhadores por conta de outrém mas que têm falsos contratos de "recibos verdes", que suportam além do desconto que lhes cabe também os descontos que caberiam à sua entidade patronal.
Na realidade isto é apenas mais um estratagema que o governo utiliza para a redução dos salários reais da Administração Pública, mas sem ter a coragem política de o assumir frontalmente.
Aliás se Teixeira dos Santos fosse coerente prescindiria do Subsídio de Habitação que cobra ao Estado, uma vez que a generalidade dos funcionários deslocados do seu local de residência (Professores, Polícias, etc) não tem direito a ele.
Mas o que Teixeira dos Santos não diz é que os funcionários da administração pública já descontam, para além dos referidos 1%, mais 10% para a Caixa Geral de Aposentações, perfazendo assim um total de 11%. Ou seja, a mesma percentagem que os restantes trabalhadores por conta de outrém.
Outro facto que Teixeira dos Santos omite é que existe a obrigação da respectiva entidade patronal descontar também uma determinada percentagem por cada trabalhador ao seu serviço. Ou seja as contribuições que constituem as receitas que dão acesso a determinadas prestações sociais (Saúde, Desemprego e Pensões)nsão constituídas por contribuições pagas pelo trabalhador e pela respectiva entidade patronal.
O que significa que com este princípio de igualdade entre o público e o privado, de que o governo tanto fala, o Estado ficaria também obrigado à transferência anual de uma verba para a ADSE, como entidade patronal sobre cada trabalhador ao seu serviço. E é isto que não tem acontecido.
Portanto a argumentação de Teixeira dos Santos é falaciosa e de facto o que se pretende é transferir os encargos que deveriam ser suportados pela respectiva entidade patronal para os próprios trabalhadores.
A "preocupação" manifestada por Teixeira dos Santos é também uma declaração da mais refinada hipocrisia política. Com efeito, onde existe realmente uma profunda injustiça social neste assunto é nos montantes a que são obrigados os trabalhadores por conta de outrém mas que têm falsos contratos de "recibos verdes", que suportam além do desconto que lhes cabe também os descontos que caberiam à sua entidade patronal.
Na realidade isto é apenas mais um estratagema que o governo utiliza para a redução dos salários reais da Administração Pública, mas sem ter a coragem política de o assumir frontalmente.
Aliás se Teixeira dos Santos fosse coerente prescindiria do Subsídio de Habitação que cobra ao Estado, uma vez que a generalidade dos funcionários deslocados do seu local de residência (Professores, Polícias, etc) não tem direito a ele.
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