sexta-feira, janeiro 19, 2007

Uma obra (quase) desconhecida de Mies van der Rohe


Mies van der Rohe (1886-1969) foi um dos arquitectos mais importantes do século XX e autor de obras que revolucionaram a arquitectura do seu tempo. Professor da BauHaus, as suas obras aquitectónicas caracterizam-se pela sua simplicidade elegante, pelas formas depuradas e por uma funcionalidade desprovida de ornamentos superfluos.
Obrigado a fugir da Alemanha em 1937, devido à perseguição movida pelos nazis à BauHaus, emigrou para os Estados Unidos, onde se tornou o autor e diversos edifícios de referência da arquitectura do século XX.
No entanto, uma faceta muito pouco conhecida da sua biografia é a sua militância comunista. Uma das obras que se relaciona com a sa ntervenção política através da aquitectura é o Memorial a Rosa Luxemburgo e Karl Liebkenecht, dirigentes do Partido Comunista Alemão, assassinados em 1919 no rescaldo da revolução spartaquista. Actualmente já não existe, uma vez que foi destruído pelos nazis, mas ainda sobreviveram algumas imagens para contar a história.
(para saber mais sobre a BauHaus ver: http://www.wsws.org/pt/2006/oct2006/por1-13o_prn.shtml)

3 comentários:

Gonçalo Leite Velho disse...

Ola Camarada!

Estou a comentar desde a Letonia :)
Nao sabia que tinhas um blog. Tem coisas interessantes.
Em breve vou colocar umas imagens daqui donde estou no Gundisalvus. Prometo que algumas mostram o legado sovietico.
Ja agora recomendo-te um filme: "Kubanski Kazaki" (Os cossacos de Kuban). Trata-se do legado de um dos generos cinematograficos mais apreciados por Estaline: os Kolhoz Muzikalnaja (ou Musicais Kolkhoz).
Abraco,
G.

Anónimo disse...

Um memorial espectacular!

tms disse...

Caro camarada, olha que a história de Mies, não é assim tão gloriosa.
Se é bem verdade que iniciou a sua vida política como militante comunista, Mies nos anos 20 juntou-se ao partido de Hitler, assumindo de uma forma autoritária a direcção da escola da Bauhaus e efectuando uma violenta purga de todos os comunistas da escola(o nome mais destacado era o de Hannes Meyer, até então director).
Mies não foge da Alemanha nazi por ser comunista, mas sim, por ser judeu.