domingo, abril 29, 2007

O branqueamento do Nazismo na Letónia

(Video: trailer do documentário "Latvia in Hitler's Footsteps")

Nos estados bálticos assiste-se a um movimento de branqueamento do Nazismo e dos crimes de guerra cometidos pelos corpos de voluntários oriundos deste países que integraram as "Waffen SS" e o "Einsatzgruppen" (tropas especiais comandas por Heydrich cuja missão era o extermínio de não-arianos, ou seja judeus, comunistas, etc). Estes grupos, que agora aparecem em desfiles pelas capitais destes Estados, com o incentivo dos seus respectivos governos, foram responsáveis pelo extermínio de dezenas de milhares de homens mulheres e crianças. Como hoje se sabe muitos dos oficiais e soldados que participaram no Holocausto não eram ~só alemães, mas havia também uma quantidade significativa de austríacos, polacos, húngaros e principalmente letões e estónios.

Na Letónia e na Estónia a introdução de leis discriminatórias que impede o acesso aos direitos básicos de cidadania de pessoas que não são consideradas "etnicamente puras" pelo Estado, de acordo com critérios que lembram as tristemente célebres "Leis de Nuremberga", mostra que o Estado de Direito nestes países é uma farsa.

Esta farsa é hipocritamente tolerada pela União Europeia, que prefere fingir que ignora que estados membros violem todas as convenções e tratados que (dizem) constituem a base da União Europeia.

(Sobre o "Einsatzenngruppen" ver

http://www.youtube.com/watch?v=_eox6GGweRE

(contém cenas chocantes)

sábado, abril 28, 2007

O branqueamento do nazismo na Estónia

(Video: Regresso a casa dos soldados soviéticos depois da vitória sobre o nazismo)

Em diversos países da Europa continua a operação de branqueamento do nazismo e do fascismo. Na Polónia o regime "Nacional-Catolicista" dos irmãos Kaczynski dirige uma operação contra os veteranos que combateram o fascismo em Espanha nas Brigadas Internacionais (actualmente com 80 a 90 anos de idade), ameaçando retirar-lhes as pensões de reforma. Na Estónia o governo pretende derrubar um simbólico Memorial aos soldados que morreram a combater os exércitos nazis, ao mesmo tempo que presta pública homenagem à Estnisches SS-Freiwilligen-Panzergrenadier-Bataillon Narwa, ou seja aos voluntários estónios que integraram as Waffen SS, distinguindo-se na perseguição, deportação e extermínio de populações de origem judaica na Estónia.

quarta-feira, abril 25, 2007

25 de Abril: A queda do fascismo em Portugal e na Itália



O dia 25 de Abril representa a queda do fascismo não apenas em Portugal (1974), mas também em Itália (1945).Apesar de já teem passado 33 anos anos sobre a data da Revolução ainda continuam a existir certos sectores da direita que convivem mal com a memória histórica da Revolução. Apesar de superficialmente procurarem ostentar um certo "verniz democrático", quando se fala da Revolução que pôs em causa o poder e os privilégios das oligarquias fascistas rapidamente estala o verniz.

Vem isto a propósito da última sessão da Assembleia Municipal do Porto, onde diversas bancadas apresentaram moções de saudação ao 25 de Abril e ao 1º de Maio. As bancadas do PSD e do CDS-PP votaram sistematicamente contra todas as moções apresentadas pelo PS, CDU e BE, com o argumento de que eram "passadistas" e "saudosistas" apenas porque recordavam os factos históricos associados a estas duas datas. O que esta por trás desta posição é a vontade destes partidos em apagar a memória histórica do fascismo e da Revolução, negando ao 25 de Abril o seu papel libertador e revolucionário. Pretende-se distorcer e manipular a história de forma a reescrevê-la de acordo com as conveniências da nova classe dominante que emergiu depois do ciclo das "privatizações" cujos laços sucessórios com a antiga classe dominante são evidentes. No entanto, como a imagem dessa antiga classe dominante não é muito boa entre os portugueses, a nova classe dominante necessita, por questões de marketing e de imagem, branquear o fascismo e apagar a memória histórica do que foi o fascismo e, principalmente, quem fora os principais beneficiários do fascismo.

A táctica desta Direita passa assim por negar que existiu fascismo em Portugal, concedendo apenas a existência dum autoritarismo exercido por um único homem, sózinho e isolado. De acordo com esta teoria também não existiram beneficiários, nem apoiantes do fascismo em Portugal. O revisionismo histórico do 25 de Abril passa também por negar o seu carácter revolucionário, substituído por uma "Evolução" que já se teria iniciado com o "Marcelismo".

A Direita portuguesa, particularmente a que se senta na Assembleia Municipal do Porto (com algumas excepções) convive mal com os factos históricos e por isso o branqueamento da história é uma peça central na sua ofensiva ideológica.

sábado, abril 07, 2007

Música para o tempo pascal (2)

Outra obra essencial é a "Stabat Mater Dolorosa" que Giovanni Battista Pergolesi compôs em 1736. Gosto também particularment da "Stabat Mater" de Vivaldi, nomeadamente na interpretação de Andreas Scholl.

Esta versão da peça de Pergolesi é interpretada pelo coro e orquestra do Scala de Milão, dirigido por Claudio Abbado.

Música para o tempo pascal (1)

Uma das obras-primas da música universal é a "Paixão Segundo São João" composta por J. S. Bach em 1724. Neste excerto vemos a ária "Eilt, ihr angefochtnen Seelen" ("Hurry, you tormented souls"). A orquestra do Concertus Musicus Wien é dirigida por Nikolaus.Harnoncourt.